Duto de Dessalinização de Melbourne

A água potável estava acabando rapidamente e, como parte de uma série de medidas para economizar água, o Governo decidiu investir na produção de “água dessalinizada” para minimizar a variabilidade climática das chuvas.

O consórcio vencedor precisava ser capaz de bombear água da estação de tratamento, localizada em Wonthaggi, em Gippsland, por meio de um duto até a rede de distribuição da Melbourne Water.

Como as estações de bombeamento estavam a até 80 km de distância e entregavam grandes volumes de água a alturas manométricas extremamente elevadas, a Melbourne Water tinha exigências rigorosas quanto ao fornecimento de pressão estável, independentemente das grandes variações de vazão que precisavam ser atendidas.

Foram convocadas licitações para organizações qualificadas projetarem e controlarem a pressão da água para a Melbourne Water utilizando válvulas redutoras de pressão.

Os requisitos da estação de válvulas redutoras de pressão eram consideráveis. Ela deveria:

• Regular a pressão a jusante com vazões de zero a 3800 l/s
• Regular dentro de uma tolerância muito restrita de pressão a jusante, independentemente das condições de pressão de entrada
• Garantir que as PRVs não sofressem bloqueio hidráulico quando a pressão de entrada caísse abaixo do ponto de ajuste a jusante requerido
• Atuar como válvulas de retenção
• Oferecer um trem de válvulas com design adequado, que pudesse ser mantido em operação com mínima interferência
• Fornecer uma válvula que, independentemente da pressão e vazão de entrada, reagisse com uma taxa de variação específica ao longo do tempo para evitar a possibilidade de golpes de aríete
• Regular a pressão mesmo em caso de surtos de pressão causados por falha de energia nas estações de bombeamento de transferência; e
• Minimizar o ruído e evitar condições de cavitação nas válvulas sob todas as condições hidráulicas

A Estação PRV também deveria ser construída com materiais que garantissem viabilidade a longo prazo com a água dessalinizada de alta pureza.

As exigências eram as mais severas que já havíamos encontrado em mais de 20 anos, mas esse era um desafio que estávamos prontos para enfrentar. Após centenas de horas de trabalho, planejamento e análise de riscos, ficamos entusiasmados ao sermos premiados com o contrato – sob um cronograma de entrega muito apertado, já que os níveis das represas da Melbourne Water continuavam a cair para níveis perigosamente baixos.

O segredo do nosso sucesso estava nos detalhes. As válvulas que projetamos para o projeto possuíam todas as seguintes características:

• Câmara dupla para regular a uma taxa constante, independentemente do DP e da vazão, garantindo ausência de bloqueio hidráulico
• Válvulas internas de eixo bipartido com retenção para atuar como válvulas de retenção; e
• Pilotagem sob demanda e backup secundário com proteções para evitar sobre ou sub-acionamento do mecanismo de controle

Fornecemos três válvulas no total: duas DN600 e uma única válvula DN450. Os testes foram realizados desde um único hidrante de 3” até 3800 L/s, com grande sucesso.

Graças à implementação bem-sucedida da Estação PRV, também fomos premiados com outros contratos para válvulas nos tanques de surto, tanques unidirecionais e 120 unidades de válvulas de alívio de ar principal de 150 mm de diâmetro para o duto.